Já não é novidade que as motivações do mercado de trabalho estão mudando. A atual força de trabalho tende a escolher cada vez mais trabalhos que levam à realização pessoal em detrimento à realizacao "monetária". Basicamente, as pessoas não querem mais só ficar ricas, querem ficar com a consciencia limpa e se sentir realizadas. E, se uma coisa é conflitante com a outra, não é o dinheiro que fala mais alto. É claro que, num primeiro momento, busca-se o dinheiro, pois é o que estamos programados a fazer, mas, a longo prazo, nao é isso que nos faz feliz.
Vide os casos de Mark Zuckerberge ou do criador do Skype e outros que hoje são bi/milionários, mas que começaram com um propósito de se sentir realizados com algo (uma brincadeira de faculdade) ou de, simplesmente, fazer algo que pensaram ser bom/útil para melhorar o mundo (ligações de graça para todos).
Afinal, porque investir seu tempo em algo que não vai te dar um retorno financeiro (pelo menos não óbvio ou imediato)? O economista Dan Pink (autor dos livros "A whole new mind" e "Drive") explica um pouco isso nesse vídeo. É uma nova tendência que já se tornou mundial e é importante porque vai gerir (já está gerindo) todas as áreas de trabalho.
Afinal, porque investir seu tempo em algo que não vai te dar um retorno financeiro (pelo menos não óbvio ou imediato)? O economista Dan Pink (autor dos livros "A whole new mind" e "Drive") explica um pouco isso nesse vídeo. É uma nova tendência que já se tornou mundial e é importante porque vai gerir (já está gerindo) todas as áreas de trabalho.
Desde que me tornei autônoma, vivencio um pouco disso. Estava infeliz no trabalho, apesar do retorno financeiro e da estabilidade. Hoje não tenho essas coisas, mas faço o que quero e quando quero e me sinto muito melhor (apesar de sentir falta da rotina para me organizar). Ou seja, no final das contas, o que falou mais alto foi a minha realização pessoal, minha felicidade e não o dinheiro. É claro que não estou falando aqui de necessidade, mas de ganância. Aprende-se a viver com menos para poder viver melhor.
Aliás, ainda segundo Dan Pink, quanto maior a recompensa monetária, piores os resultados. Ele cita como exemplo a experiência de uma empresa australiana que deu a seus funcionários 1 dia para fazerem qualquer coisa que quisessem, sem quaisquer recompensas financeiras extras. Só a liberdade de fazer o que quer. A surpresa (ou não) foi que, neste dia, os funcionários produziram muito mais que em qualquer outro dia. A conclusão: a autonomia leva à excelência, porque podemos nos expressar, fazer o que queremos e, consequentemente, nos sentir realizados. Google já sabe disso - não é lá onde os escritórios têm salas de jogos, redes e você trabalha quando quer? Nao é anarquia (até porque existem resultados que devem ser apresentados), é tratar as pessoas como pessoas e nao como animais onde o que importa é a punição ou a recompensa...
Isso influencia diretamente o setor de meio ambiente; afinal, hoje em dia ser ecologicamente correto está diretamente ligado à sensação de comprometimento e tranquilidade. Segundo Tucunduva, a atual geração de universitários e recém-formados prefere empresas e cargos relacionados a causas nas quais acredita e apoia e isso acontece principalmente com os serviços ligados à responsabilidade social e ambiental. Por isso, segundo Dan Pink, as empresas buscam cada vez mais um propósito "transcedental", algo que transmita realização pessoal aos seus funcionários e clientes.
Esta é uma das maiores características da geração Y (nascidos entre 1978 e 1995) da qual eu faço parte por pouco. Somos aqueles que cresceram junto com os avanços tecnológicos e com a internet e presenciamos uma melhoria economica mundial, junto com a preocupação com o meio ambiente. Queremos relações de trabalho mais horizontalizadas, sem tanta hierarquia. É uma grande mudanca social, que influencia e é influenciada pela preocupação ambiental. Alias, preocupação esta que eu acredito vai estar muito mais enfatizada pelos filhos dessa geração Y, o que pode mostrar que o setor ambiental só tende a crescer.
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- Imagens retiradas do vídeo de Dan Pink.
- Nova configuracao para o mercado de trabalho, Pagina 22.
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